Nutricionistas buscam alternativas para alguns alimentos considerados prejudiciais à saúde humana, de forma que algumas opções possam causar hesitação e repulsa da população. Esse é o caso da farinha produzida com larvas do tenébrio, popularmente conhecidas como "larva da farinha" no Brasil.

Por ser rico em micronutrientes essenciais para a manutenção da saúde, o alimento baseado em insetos teve sua viabilidade estudada e, consequentemente, foi aprovado pelo órgão regulador da União Europeia nesta terça-feira (04), servindo como alternativa da tradicional farinha de trigo.

O aval de segurança foi expedido pelos cientistas da Agência Europeia para a Segurança Alimentar (EFSA) a pedido da Agronutris, empresa francesa de produção de insetos para consumo alimentício, e deverá permitir que a iguaria seja comercializada em toda a Europa nos próximos meses.

"O uso de insetos como fonte alternativa de proteína não é novo, e os insetos são regularmente comidos em muitas partes do mundo", apontou a agência, que exige um rótulo claro em produtos que utilizem a farinha, especialmente para alertar as pessoas que podem ser alérgicas.

As larvas são apontadas como ricas em proteínas, minerais, fibras, gorduras insaturadas e micronutrientes essenciais para o corpo. A criação desses animais é, também, mais ecológica que a pecuária e outras fontes de alimentos proteicos, conforme apontam os especialistas.

Estima-se que o mercado de insetos comestíveis movimente em torno de US$ 4,6 bilhões até 2027, abrangendo a cultura gastronômica de diversos países, assim como entusiastas que procuram alternativas para uma melhor qualidade de vida.