Transportes inusitados aparentemente estão próximos de se tornarem uma realidade comum. Pessoas já são vistas passeando de hoverboard como o Duende Verde, um táxi voador está sendo projetado no Brasil e, enquanto uma montadora japonesa planeja lançar carros voadores em 2023, já existe um conversível voador que completou uma viagem de 35 minutos na Eslováquia.

Mas uma nova possibilidade de transporte ultrarrápido acabou de ser lançada na China. Trata-se de um trem de maglev (levitação magnética), com uma velocidade máxima projetada de 600 km/h, saiu da linha de produção nesta terça-feira (21). Agora, esse é o veículo terrestre mais rápido atualmente disponível no mundo.

O novo sistema de transporte de maglev foi desenvolvido pela China e fabricado na cidade costeira de Qingdao, Província de Shandong, leste do país asiático.

Lançado em outubro de 2016, o projeto de trem maglev de alta velocidade teve o desenvolvimento de um protótipo com velocidade máxima projetada de 600 km/h em 2019, e realizou um teste bem-sucedido em junho de 2020. O trem pode ter de dois a dez vagões, cada um com mais de 100 passageiros.

Os engenheiros concluíram a integração do sistema de transporte de maglev e um trem com cinco vagões está funcionando bem em uma linha de teste dentro da fábrica. O trem fornece a melhor solução para viagens dentro de uma distância de 1.500 km, preenchendo a lacuna de velocidade entre aviões e os trens-bala.

Utilizando força eletromagnética, o trem literalmente “levita” sobre os trilhos e não tem contato com o chão. Até o momento, a China tem usado a tecnologia maglev de forma bastante limitada, mas cidades como Xangai e Chengdu já iniciaram pesquisas sobre as possibilidades de instalação.

Para se ter uma ideia da velocidade atingida pelo trem maglev, uma viagem de 1.000 km de Pequim até Xangai através de avião comercial levaria 3 horas ou quase 6 horas via trem-bala. Mas viajar dentro de um trem maglev a 600 km/h diminuiria esse percurso para menos de 3 horas.

Países como Japão e Alemanha também estão buscando criar redes de trens maglev, embora custos altos e incompatibilidade com a atual infraestrutura de trens continuem sendo obstáculos para um desenvolvimento mais veloz.