
Tech 21 Ago
26 de agosto de 2021 0
Antes de qualquer indício da existência de seres humanos surgir, os dinossauros habitavam nosso planeta há mais de 200 milhões de anos. Atualmente, muito é conhecido sobre a vida desses répteis gigantes e as descobertas são contínuas, levando cientistas a manterem um extenso catálogo com milhares de espécies.
A Polícia Federal do Brasil recuperou o fóssil de um pterossauro — réptil voador que viveu há mais de 100 milhões de anos — em uma operação de combate ao contrabando. O material foi encontrado em um raro estado de preservação que pôde revelar mais informações sobre esse indivíduo.
A ossada pertence ao Tupandactylus navigans, um tipo de pterodátilo que viveu no início do Período Cretáceo, correspondente a uma época datada de 145 a 65 milhões de anos, relativamente próximo à grande extinção. O material havia sido serrado em seis partes, mas ainda ofereceu um olhar único sobre a morfologia do pterossauro.
O espécime foi encontrado em uma operação no Porto de Santos, no litoral de São Paulo, em uma das três batidas que encontraram 3 mil fósseis que seriam contrabandeados para fora do país. Aparentemente, o fóssil estava depositado nos leitos de calcário do Nordeste do Brasil.
Embora pertença a um táxon conhecido, este espécime traz novas informações sobre os pterossauros tapejarídeos, bem como uma excelente preservação de tecidos moles, que podem nos mostrar mais sobre a paleobiologia do grupo", afirma Alex Aires, paleontólogo da Universidade Federal de Santa Maria.
Os especialistas puderam observar que sua crista era grande demais para permitir voos longos, portanto, a espécie devia ser capaz de manter uma vida em terra também. Agora, Victor Beccari, paleontólogo da Universidade de São Paulo, elaborou um projeto que visa imprimir modelos 3D para compreender melhor a anatomia do Tupandactylus navigans.
Paralelo à descoberta única da Polícia Federal, paleontólogos brasileiros e chineses descobriram duas novas espécies de dinossauros saurópodes na região noroeste da China. No lado ocidental, o estudo contou com a coordenação de Alexander Kellner, do Museu Nacional, que é vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Uma das espécies foi denominada Silutitan sinensis, que passou a integrar um grupo de dinossauros endêmicos do continente asiático da família Euhelopodidae. Os especialistas puderam identificar semelhanças através das vértebras cervicais médias e posteriores articuladas ao longo do corpo.
O outro réptil recebeu o nome de Hamititan xinjiangensis, integrando à família Titanosauridae que, embora rara na Ásia, é extremamente comum na América do Sul — inclusive no Brasil. Por exemplo, o argentinossauro é um espécime quadrúpede do mesmo grupo, e foi descoberto na Argentina.
“Os achados ajudam na compreensão das relações de parentesco entre várias espécies de saurópodes”, informa o Museu Nacional. De acordo com a entidade, ambas as espécies estão intimamente ligadas a outros saurópodes descobertos em regiões próximas e contribuem para um melhor conhecimento sobre o modo de vida desses répteis.
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