Apple 05 Jun
A obsolescência programada é um assunto controverso no mercado da tecnologia, especialmente no ramo de smartphones, onde há uma grande taxa de substituição de dispositivos danificados ou extenuados e emissão de lixo eletrônico ao lado de PCs, televisões e outros aparelhos.
Por essa característica, uma ação judicial foi movida contra a Apple na última semana. A empresa está sob a acusação de reduzir o desempenho drasticamente e aumentar a drenagem da bateria de modelos do iPhone através do iOS 14 e versões posteriores.
Segundo o texto do processo, uma grande quantidade de usuários vem relatando problemas dessa natureza com o iOS 14.5, iOS 14.5.1 e iOS 14.6, versões mais recentes do sistema operacional do iPhone. As reclamações sugerem que exista uma relação entre o consumo exacerbado de energia e bugs de desempenho a uma suposta obsolescência programada.
O autor do processo ressalta que a Apple não permite que os usuários instalem patches de segurança sem atualizarem a versão do iOS, mas a empresa anunciou durante o evento WWDC 2021 que deve mudar essa metodologia em breve.
É proferido também que a prática propositalmente degradante sobre os dispositivos é usada para aumentar a demanda de smartphones com mais poder de processamento e autonomia de bateria em benefício próprio, ao mesmo tempo em que persuade os usuários para baixar atualizações de software supostamente inovadoras.
Este não é o primeiro caso em que a Apple é acusada de obsolescência programada, ou prejudicar os usuários de forma proposital — no mês de abril, a empresa californiana foi multada em mais de US$ 3 milhões por afetar os modelos mais antigos do iPhone com as atualizações.
Outras diversas ações judiciais envolvendo a Apple estão em recorrência em diversas regiões do mundo. Questões sobre políticas anticompetitivas e propagandas exageradas também são abordadas pelos usuários e empresas do ramo. Até o momento, nenhum parecer oficial foi dado sobre o atual caso.
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