Economia e mercado 29 Jul
Processadores desenvolvidos com arquitetura ARM costumam adotar o design chamado big.LITTLE, em que dois conjuntos de núcleos são utilizados, sendo um voltado para o alto desempenho, e outro para o baixo consumo energético. A configuração é muito elogiada por seus bons níveis de performance, aliados à prolongada autonomia de bateria que proporcionam em dispositivos mobile.
Essas são algumas das razões pelas quais a Apple decidiu desenvolver seus próprios processadores, bem como o que levou a Intel a produzir sua família Lakefield, e a planejar a adoção do design na futura família Alder Lake. Agora, novas patentes revelam que a AMD pode seguir os passos de suas rivais e produzir futuros chips Ryzen com a arquitetura híbrida.
De acordo com a documentação, a empresa detalha como uma CPU composta por dois clusters se comunicaria por meio da memória para que as threads, as tarefas a serem processadas, sejam transmitidas de maneira fácil e rápida para os núcleos melhor otimizados para o tipo de carga de trabalho em questão.
Como de costume, programas mais complexos, como jogos e renderização de vídeos seriam dedicados ao cluster mais potente, enquanto programas mais leves ou processamento em segundo plano ficariam a cargo dos núcleos de baixo consumo.
Ainda de maneira similar aos processadores Lakefield e outros rivais baseados em ARM, o software também desempenharia papel importante, designando cada tarefa do sistema aos núcleos mais apropriados, podendo mudá-las para outro cluster de acordo com o momento. Por fim, outros chips também poderiam ser incluídos no pacote, como GPUs, DSPs e outros.
De toda forma, ainda é cedo para afirmar que esse deve realmente ser o próximo passo da AMD. Nem sempre patentes registradas acabam se tornando produtos finalizados que chegarão aos consumidores. Ainda assim, o registro dessas tecnologias revela que a fabricante está de olho no movimento da indústria, e que o futuro do mercado de CPUs pode acabar sendo no sistema híbrido.
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