Lançamentos 22 Fev
A linha de frente no combate ao coronavírus receberá uma bela adição em março pelo Instituto Butantan: cerca de 20 milhões de doses da Coronavac. A afirmação vem do diretor do instituto, Dimas Covas, em entrevista à GloboNews concedida no domingo (28 de fevereiro). Segundo ele, o Butantan entregará as doses em março.
Covas diz que os laboratórios do instituto já estão trabalhando dia e noite para entregar o prometido. Serão 5,6 milhões até 13 de março e o restante até o fim do mês.
A Coronavac é criada utilizando coronavírus inativado, ou seja, inofensivo ao organismo humano, mas que pode ser utilizado para treinar nosso sistema imunológico para reconhecer e reagir ao Sars-CoV-2. Covas afirma que isso possibilita que ela também seja eficaz contra as novas variantes, dentre elas a detectada em Manaus.
Em entrevista, Dimas Covas disse:
O teste da utilização contra a variante P1 está sendo feito no Butantan e em breve vamos ter os primeiros resultados.
Com relação à variante inglesa e a sul-africana, foram feitos testes lá na China e, embora não divulgados oficialmente, os resultados foram muito positivos.
Entretanto, o diretor afirmou que isso por enquanto é uma teoria e testes estão sendo realizados para determinar qual a eficácia da Coronavac contra as variantes amazonense, britânica e sul-africana do coronavírus.
A Coronavac já possui registro para uso emergencial no Brasil desde janeiro de 2021. No total, o Butantan já entregou 3,753 milhões de doses da Coronavac ao PNI - Programa Nacional de Imunizações com a última remessa envolvendo 600 mil doses que foram enviadas neste domingo (28).
A eficácia geral da Coronavac chega a quase 70% com doses administradas num intervalo de três semanas. O Brasil já vacinou mais de 8,43 milhões de pessoas de acordo com dados do Our World in Data, onde nosso país fica em 3º lugar em número mundial de novos casos da doença e mortos, perdendo apenas para EUA e União Europeia nessas estatísticas.
Com este reforço de doses, espera-se que o número de imunizados cresça e ajude a reduzir a alta na ocupação de leitos hospitalares e mortes, que levaram mais de 10 estados a decretarem lockdown nesta semana para tentar evitar o contágio e internação de mais infectados.
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