Tech 08 Nov
Agora que várias vacinas intramusculares contra a Covid-19 já foram desenvolvidas, o mundo começa a pesquisar e desenvolver novos imunizantes, aplicados com métodos diferentes e com custo menor. É tudo o que promete uma vacina em forma de spray nasal que está sendo desenvolvida por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), em parceria com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Ainda em fase de estudos, a novidade pode chegar até o final de 2022 com proteção para diversas variantes. Aplicada no epitélio nasal, esse imunizante pode induzir a produção de um anticorpoimportante nas mucosas, que as Imunoglobulinas A secretórias.
O coordenador do estudo, Jorge Elias Kalil Filho, afirma à revista Exame que o imunizante também se diferencia no antígeno:
“Em vez de usarmos a Spike do vírus de Wuhan, nós vamos utilizar só a RBD [domínio receptor obrigatório, pela sigla em inglês] das quatro variantes de preocupação”.
A Fiocruz aponta que a proteína Spike é associada à capacidade de entrada do patógeno nas células humanas e um dos principais alvos dos anticorpos neutralizantes produzidos pelo corpo para bloquear o vírus.
O imunizante deve incluir fragmentos que são capazes de matar a célula, caso ela seja infectada, incluindo os chamados linfócitos T CD8+ citotóxicos, que matam células doentes, e os linfócitos T CD4+, que auxiliam na produção de anticorpos e nas respostas citotóxicas.
A vacina poderá ser usada como reforço para imunizantes já existentes e, a respeito do custo, Kalil Filho aponta que a dose deve custar em torno de US$ 5 (R$ 26 na cotação atual), mas que ainda não é possível cravar uma resposta em relação a isso devido a novas análises que precisam ser feitas.
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