Tech 05 Mai
O Brasil já é visto internacionalmente como o próximo epicentro mundial do coronavírus. Estudo recente da Universidade Johns Hopkins, dos Estados Unidos, em parceria com instituições brasileiras como a Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto mostra que a quantidade de infecções pode ser ainda maior do que nos Estados Unidos. As informações foram divulgadas pelo Wall Street Journal.
Esse levantamento mostra que o número de casos no Brasil pode chegar a 1,6 milhão, enquanto nos Estados Unidos a quantidade é de 1,1 milhão de pessoas infectadas. Atualmente o país conta com 107.780 casos confirmados e 7321 mortes.
Um dos motivos que levam a essa conclusão é a subnotificação de casos, o que torna turva a noção real da quantidade de pessoas contaminadas. De acordo com o estudo, o Brasil testa pouco sua população em comparação com outros locais. O outro é a demora para a aquisição de testes, que impossibilita uma visualização real da quantidade de casos.
Por aqui, foram apenas 1600 testes por milhão de pessoas. Como comparativo, os Estados Unidos administram 20.200 testes por milhão, número considerado insuficiente por lá, enquanto alguns países europeus chegam a 30 mil testes por milhão de pessoas.
“Brazil is already the global epicenter of the coronavirus." One study concludes the country might have more Covid-19 cases than the U.S. https://t.co/z9jmIwa4Ba
— The Wall Street Journal (@WSJ) May 5, 2020
Além disso, a publicação destaca o crescimento da preocupação com a disseminação da doença. São Paulo, estado brasileiro que concentra o maior número de casos, registrou taxas de isolamento social que chegaram a 46% e, além disso, a postura do governo federal, que refuta as medidas de afastamento e pressiona pela reabertura do comércio, é vista com preocupação pelos autores do estudo.
Maranhão e Pará, estados com maior colapso no sistema de saúde, já decretaram lockdown, enquanto São Paulo exigiu o uso de máscara na rua e bloqueou avenidas para dificultar o deslocamento. No estado, a pandemia elevou a média histórica de mortes em comparação com os últimos quatro anos.
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