
Tech 30 Nov
30 de novembro de 2021 26
Dezembro está chegando e, como costuma ocorrer em época de Natal e Ano Novo, os familiares costumam se encontrar e conversar de diversos assuntos. Em um ano também marcado pela pandemia do novo coronavírus, o tema certamente será presença na mesa dos brasileiros.
Em decorrência de uma grande parte de negacionismo e movimentos antivacina ainda existentes na população, alguns dos parentes podem trazer discussões que coloquem em cheque a eficácia das vacinas, por meio de Fake News.
Para saber quais deverão ser as mais prováveis e como responder a cada uma delas, o Detetive TC reuniu alguns exemplos e mostra a você a seguir.
Um dos principais argumentos usados por antivax está em as vacinas serem experimentais, e não finais – já que outros imunizantes no passado demoravam uma década ou mais para ficar prontos.
Vale ressaltar que todas as vacinas liberadas para aplicação no Brasil passaram por todas as fases clínicas necessárias – incluindo a Fase 3, de aplicação em uma grande quantidade de voluntários, no Brasil – e receberam autorização do órgão nacional competente, que é a Anvisa.
Nos casos das vacinas da Pfizer e da AstraZeneca – esta produzida no país pela Fiocruz –, já foi concedido o registro definitivo. A primeira recebeu em fevereiro deste ano, enquanto a segunda foi agraciada em meados de março.
Já em relação à Coronavac, a liberação ainda é para uso emergencial, não por ser experimental, mas sim pelo atraso nos resultados dos testes já feitos de imunogenicidade, após discussão sobre metodologias utilizadas com a Anvisa – como o próprio Butantan explicou, em nota divulgada no último mês de outubro.
Um dos boatos que sempre circula e vira desculpa para as pessoas não se vacinarem é o velho medo de as vacinas mudarem o DNA da pessoa. Isso tem sido usado principalmente por aqueles que pensam que o fato de um imunizante usar o chamado RNA mensageiro (mRNA), isso irá mudar o nosso código genético.
Como esta própria coluna já explicou anteriormente, a técnica consiste em uma informação genética que é absorvida pelas nossas células, para que estas criem as proteínas necessárias a diversas funções – serve como uma “receita de bolo”.
O material não fica por toda a vida no corpo – no caso específico do mRNA, não dura mais que dois dias – nem gera como resultado qualquer modificação no nosso DNA.
Desde que começaram a ser aplicadas, os relatórios de eventos adversos em vacinados têm sido acompanhados por diversos órgãos no mundo. Todos esses documentos não constam qualquer prova de que um sintoma específico foi causado pela aplicação da dose.
Por outro lado, foram descobertos alguns efeitos raros, como uma chance maior de miocardite em jovens com vacinas de mRNA, ou formação rara de coágulos sanguíneos associada aos imunizantes que usam adenovírus como vetor viral. Contudo, as pessoas têm usado essa declaração para dizer que elas causam mortes em massa.
Para rebater essa afirmação, estão os dados do Ministério da Saúde, dentro do Boletim Epidemiológico Especial sobre a Covid-19, publicado na última sexta-feira (26). Eles indicam que foram registrados somente 5,1 casos de eventos adversos graves a cada 100 mil doses aplicadas.
Em contrapartida, o risco de internação ou morte por Covid-19 foi de 1.310 brasileiros a cada 100 mil habitantes. Isso significa que o perigo de ser hospitalizado pela doença é 257 vezes maior do que a reação à vacina, enquanto de morte é 56,6 vezes maior.
A necessidade de uma dose de reforço ou terceira dose não significa que a vacina não funciona, como pode ser outro assunto a ser debatido nas conversas familiares neste final de ano. Os cientistas já previam a necessidade de aplicações adicionais antes mesmo da liberação ao público.
Vários motivos para isso se encaixam aqui. Um deles é o comportamento diferente de cada vírus, bem como a resposta de cada pessoa a ele, sem contar as mutações do patógeno. O “booster” posterior a um esquema vacinal completo não é uma novidade no mundo – muito menos no Brasil.
As vacinas para hepatite B e poliomielite, por exemplo, demandam uma terceira aplicação meses após a segunda dose, a fim de alcançar a taxa de imunidade considerada ideal. Já a da gripe requer que seja tomada todos os anos. Até mesmo a chamada tríplice viral – sarampo, caxumba e rubéola – exige uma primeira dose com um ano de vida e uma segunda entre 2 e 4 anos de idade.
Apenas com o tempo, a ciência mundial saberá a frequência de administração dos imunizantes contra a Covid-19 nas pessoas.
Apesar de as pessoas mais idosas serem as principais vítimas da Covid-19, não significa que crianças e adolescentes não podem morrer pela doença causada pelo SARS-CoV-2. Segundo uma pesquisa nos Estados Unidos, com dados do KFF COVID-19 Tracker, a patologia figurou entre as dez que mais mataram pessoas de 1 a 14 anos no país em 2021.
Já um documento da Fiocruz do final de setembro mostrou que o Brasil registrou 3.561 mortes de crianças e adolescentes de até 19 anos pelo coronavírus, desde o começo do surto. O país fica atrás apenas no Peru no mundo, em termos proporcionais.
Por isso, está mais que provada a necessidade de se vacinar também essa população, e não acreditar no que dizem sobre os menores dispensarem o imunizante.
E aí, qual outro boato usado frequentemente por antivax você imagina que ouvirá de parentes durante este final de ano? Relate para a gente no espaço abaixo!
Celular mais rápido! Ranking TudoCelular com gráficos de todos os testes de desempenho
Celular com a melhor bateria! Ranking TudoCelular com todos os testes de autonomia
Nada de Black Fraude! Ferramenta do TudoCelular desvenda ofertas falsas
Microsoft destaca novos recursos na build 26100.1876 do Windows 11 24H2
Comentários