Curiosidade 09 Jun
A manhã desta quarta-feira (09) iniciou com um grande anúncio do Google. A empresa revelou o “Firmina”, um extenso cabo submarino de fibra óptica que partirá da costa leste dos EUA e terá passagens pelo litoral brasileiro e uruguaio até chegar à praia de Las Toninas, na Argentina.
Uma vez concluída, essa estrutura tem o objetivo de tornar as conexões de rede mais estáveis em toda a América do Sul. O cabo administrará o tráfego de usuários do Google com maior agilidade e segurança entre os países, reduzindo a latência no mecanismo de buscas, Gmail, YouTube e outros serviços.
O Firmina, que recebe o nome em homenagem à considerada primeira romancista negra do Brasil, Maria Firmina dos Reis, será mais um dos dezesseis cabos submarinos que a empresa desenvolveu com influência da ampla adoção de tecnologias em nuvem, tal que passou a comportar jogos, streaming e outras aplicações.
Segundo a gigante californiana, os dados viajarão na tecnologia de pulsos de luz da fibra óptica, que serão amplificados a cada 100 km através de correntes de alta tensão fornecidas em estações em cada país — sendo a cidade de Praia Grande, no litoral do estado de São Paulo e Punta del Este, no Uruguai.
A SubCom, empresa de tecnologias de comunicação submarina que já trabalhou com o Google em projetos anteriores, foi escolhida para a fabricação do cabo ao longo deste ano em suas instalações no estado de New Hampshire.
Em cabos extensos do tipo, a disponibilidade de energia costuma ser uma limitação, mas a empresa diz que o Firmina quebra essa barreira. Com capacidade de alimentação de energia de uma única extremidade, o cabo possui tensão cerca de 20% maior do que com os sistemas anteriores implementados pela própria.
O Brasil possui diversos sistemas de conexão intercontinentais submarinos. O mais recente, até então, é o cabo da EllaLink de 6 mil quilômetros que conecta o país à Europa, mais especificamente na cidade de Sines, em Portugal.
Com a adição do Google, os problemas de internet do maior país da América Latina deverão ser atenuados. O novo sistema submarino deverá beneficiar os usuários sem quaisquer entraves causados pela grande distância até 2023, segundo as projeções da empresa.
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