Economia e mercado 15 Abr
Após ver a Huawei — uma das suas principais fabricantes — sofrer uma série de sanções dos Estados Unidos, o governo chinês começou a incentivar o desenvolvimento de uma cadeia de semicondutores independente do ocidente.
A intenção é que fabricantes do país tenham a capacidade de concorrer com a Qualcomm, por exemplo. Paralelo a isso, o cenário de escassez global de chipsets e outros componentes pode ter pesado na decisão de Xiaomi e OPPO, uma vez que ambas estão se preparando para desenvolver modems 5G.
De acordo com fontes chinesas, as duas empresas estão firmando um acordo comercial com a UNISOC. Assim, a companhia conseguiria montar esses modems para Xiaomi e OPPO, algo que livra as fabricantes da dependência da TSMC ou Samsung.
Como parte desse investimento, a UNISOC recebeu um aporte financeiro de 5,35 bilhões de yuans (~US$ 817 milhões) para construir e aprimorar suas instalações.
A UNISOC não conseguiu acompanhar a Qualcomm, MediaTek ou a HiSilicon no desenvolvimento de processadores. Esse novo investimento de Xiaomi e OPPO pode ser a injeção de ânimo que a empresa precisava para voltar a ativa e começar a desenvolver chips de última geração.
Por enquanto, as empresas citadas não comentaram o assunto. Mesmo assim, analistas apontam que até mesmo a SMIC pode ajudar nessa tarefa de tornar a UNISOC mais competitiva, isso porque a chinesa pode transferir a sua tecnologia de 7 nm e atender os pedidos iniciais de Xiaomi e OPPO.
Caso o acordo comercial avance, há chances da UNISOC também fechar uma parceria com a Huawei. Isso porque as sanções dos EUA impedem a TSMC de montar os chips Kirin, algo que pode ser resolvido pela UNISOC.
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