Economia e mercado 25 Mar
Atualização 05/05/2020 - por EB
Ainda hoje falamos a respeito de um golpe que envolveu 35 denúncias de entregadores das plataformas Rappi e iFood, onde eles alegavam que uma taxa extra era cobrada dos seus clientes com uma máquina de cartão com visor quebrado, creditando um valor muito maior do que o prometido, ocasionando cobranças muito maiores para os utilizadores dos serviços de entrega.
Agora o iFood entrou em contato com o TudoCelular, esclarecendo que ele já prestou esclarecimentos ao Procon-SP, mas "não recebeu oficialmente nenhuma notificação resposta do órgão e segue à disposição." Além disso, ela ainda informa que:
"Essa prática fraudulenta afeta tanto os consumidores quanto o iFood, que, em apoio aos clientes, tem atuado para auxiliá-los e, após análise, ressarci-los mesmo diante de uma fraude aplicada em aparelhos de pagamento que não pertencem à empresa."
O iFood ainda esclareceu que os clientes que foram vítimas desse golpe devem registrar um boletim de ocorrência e logo em seguida falar com o iFood pelos canais oficiais de atendimento, como o aplicativo, por exemplo, com o extrato bancário ou do cartão e com o boletim de ocorrência pronto para ser enviado, para que maiores providências possam ser tomadas.
A empresa ainda reforça a preferência pelo pagamento direto pelo aplicativo e que não há qualquer taxa adicional a ser paga no momento do recebimento. Caso o entregador faça qualquer cobrança adicional entre em contato com o iFood imediatamente para reportar atividade suspeita. O aplicativo também já envia notificações para seus usuários a fim de evitar maiores complicações.
Por fim o iFood informa que está desativando o pagamento presencial para garantir maior segurança dos usuários tanto financeiramente quanto para evitar a disseminação da COVID-19. Além disso, a empresa conclui que:
O iFood repudia qualquer desvio de conduta por qualquer um dos usuários cadastrados na plataforma, sejam eles parceiros de entrega, estabelecimentos ou usuários finais. Ao receber relatos de fraudes e confirmar qualquer conduta irregular, a empresa desativa imediatamente os cadastros e reforça que está à disposição das autoridades.
Matéria original - 05/05/2020
iFood e Rappi sempre foram alvos de polêmicas envolvendo suas entregas; a última envolveu entregadores da Rappi sobre confrontos de direitos trabalhistas, onde os funcionários dela levaram a melhor e agora mais recentemente, golpes que alguns dos funcionários dessas empresas têm aplicado nos clientes desses aplicativos, gerando grandes prejuízos para seus consumidores.
O golpe do qual muitos consumidores acusam esses entregadores envolve o uso de uma máquina de cartões com o visor quebrado, no final das contas, o entregador diz que há uma taxa adicional de entrega que precisa ser paga e quando o cliente aceita, um valor muito superior é digitado na máquina em torno de mil a R$ 5 mil, resultando numa cobrança indevida pelo entregador.
No total, 35 reclamações a respeito já foram registradas no Procon de São Paulo, que pediu esclarecimentos por parte da iFood e Rappi, que afirmaram não ser responsáveis por crimes realizados pelos seus motoboys e ainda que os clientes são responsáveis por reconhecer que nenhuma taxa adicional deve ser cobrada pois ela não é citada em nenhum momento no aplicativo.
Por outro lado, o Procon-SP diz que há sim uma responsabilidade solidária por parte dos aplicativos que fornecem os produtos entregues pelos seus representantes autônomos, sendo eles os responsáveis por ressarcir os prejuízos sofridos pelos clientes que tiverem cobranças adicionais por tais golpes.
A expectativa é que essas empresas criem formas futuras para inibir essas práticas, afinal, os entregadores prestam serviços essenciais neste momento de pandemia pelo coronavírus, sendo errado que aqueles que trabalham honestamente sofram prejuízos por conta de alguns que trabalham de forma ilícita.
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