Tech 31 Mar
A pandemia de coronavírus continua se alastrando exponencialmente no Brasil. Cientistas buscam medicamentos e vacinas para combater a doença, mas ainda não foram desenvolvidos remédios específicos com eficácia comprovada.
Um coquetel desenvolvido pela Roche está em processo de aprovação para uso emergencial pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Rendesivir foi aprovado recentemente.
Diante desse cenário, a Anvisa já fez diversos posicionamentos a respeito de substâncias que supostamente combateriam o coronavírus, como a ivermectina, alertando para os riscos e reiterando a falta de eficácia comprovada pela ciência.
Agora o órgão regulador emitiu comunicado que adverte sobre a automedicação, prática que tem preocupado cada vez mais as autoridades sanitárias ao redor do mundo, especialmente durante a pandemia. Confira um trecho:
É preciso que as pessoas se conscientizem dos riscos reais dessa prática, que pode causar reações graves, inclusive óbitos. Todo medicamento apresenta riscos relacionados ao seu consumo, que deve ser baseado na relação benefício-risco. Ou seja, os benefícios para o paciente devem superar os riscos associados ao uso do produto.
A Agência ainda aponta que os medicamentos precisam passar por avaliação a partir de critérios técnico-científicos, de acordo com o paciente e o conhecimento da doença.
A Anvisa divulgou um comunicado que trata dos riscos à saúde causados pelo uso indiscriminado de medicamentos e da importância da notificação de eventos adversos. A automedicação pode causar reações graves, inclusive óbitos.
— Anvisa (@anvisa_oficial) April 6, 2021
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A fim de identificar novos riscos e atualizar o perfil de segurança das substâncias, a Anvisa lembra que é imprescindível que profissionais de saúde e cidadãos notifiquem as suspeitas de eventos adversos, mesmo sem ter certeza da associação com o medicamento.
Para se ter uma ideia da dimensão e da gravidade do problema da automedicação, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estimou que mais de 50% de todos os medicamentos são prescritos, dispensados ou vendidos de forma inadequada. Além disso, metade de todos os pacientes não faz uso dos medicamentos corretamente.
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