18 Setembro 2017
Foi inevitável; após o evento de lançamento dos novos modelos de iPhone, inúmeras pessoas verbalizaram seus sentimentos em relação às grandes novidades apresentadas pela Apple, relembrando que boa parte delas já existia (inclusive, algumas foram 'emprestadas' do Android).
Mas engana-se quem pensa que o iPhone X, atual top de linha da marca, não trouxe inovações. A versão especial comemorativa de 10 anos de existência do iPhone trouxe sim, diversos recursos inéditos para a indústria mobile.
Apesar de não ser algo tão revolucionário quanto o iPhone original, o aparelho também ajudará a disseminar tecnologias que ainda não são ativamente exploradas no mercado de smartphones, e abaixo, conheceremos algumas delas:
Desbloquear o aparelho com o rosto não é algo inédito, nós sabemos, mas do jeito que a Apple fez, a experiência de uso ficou totalmente diferente do que conhecíamos.
O Face ID é a primeira tecnologia a explorar biometria usando sensores 3D em um smartphone, e também é pioneira no fato de 'se adaptar' a mudanças na face do usuário, pelo fato de 'aprender' sobre ela.
Em dias que, por exemplo, você esquecer de se barbear, usar um óculos diferente, ou até mudar radicalmente a cor ou corte de seu cabelo, o Face ID continuará sabendo que aquela pessoa é você.
Ainda que a tecnologia 'True Tone' em si não seja inédita, pois já existia no display do iPad Pro, pela primeira vez ela foi empregada em uma tela de smartphone.
O recurso escaneia as condições ambientes para otimizar as cores exibidas na tela, dando ao usuário a melhor imagem possível para cada tipo de iluminação.
A boa notícia é a feature não é exclusiva do iPhone X, ela também está presente nos outros dois modelos recém-lançados, o iPhone 8 e 8 Plus.
A Apple pode até não ter sido a primeira empresa a implementar gravação de vídeo 4K em um smartphone, mas ela foi pioneira em disponibilizá-la sem limite de tempo, com estabilização ótica de imagem e também a 60 quadros por segundo.
O resultado são filmagens com mais qualidade, sem a necessidade de uso de equipamentos extras como gimbals ou tripés.
Para entusiastas na produção de vídeos, ainda há possibilidade de converter clipes gravados em 4k (60 fps) para 25 fps, dando um efeito 'cinemático' à mídia.
O iPhone X é o primeiro smartphone da indústria a permitir gravação de vídeo em Full HD (1080p) a 240 fps.
Antes dele, só podíamos gravar em slow-motion com 120 quadros por segundo, então temos o dobro de fluidez, dando um resultado ainda mais impressionante.
A câmera frontal dos novos modelos de iPhone pode capturar não só selfies com efeito bokeh através do 'Modo Retrato', como fazer muito mais.
É possível, por exemplo, escolher entre vários tipos de iluminação, dando um resultado mais 'profissional' na imagem capturada. Pode esperar pra ver nas redes sociais diversas fotos de perfil com esse efeito, pois não dá pra negar: é algo belíssimo de se olhar.
Para muitos, esse recurso acabou passando despercebido, afinal de contas, coisas desse tipo geralmente trata-se de algo considerado uma 'perfumaria'.
Mas a tecnologia por trás dos chamados 'Animojis' é algo de cair o queixo; é basicamente o que grandes estúdios usam para criar animações 3D em filmes, desenhos e seriados.
A câmera TrueDepth mapeia o rosto dos usuários, rastreando o movimento de até 50 músculos da face, e usa esses dados para criar personagens animados baseados nos conhecidos e amados emojis.
É possível utilizá-los para gravar frases e, por exemplo, ter uma conversa engraçada com seus amigos, ou até mesmo com seus filhos, sobrinhos, etc (a criançada vai adorar).
Apesar de ainda trazer uma resolução de 7 megapixels, a câmera frontal do iPhone recebeu um belo upgrade.
O sensor TrueDepth é capaz de capturar selfies de ótima qualidade, com efeitos de desfoque ao fundo, similar ao que conseguíamos obter com o 'Modo Retrato' do iPhone 7 Plus.
No iPhone 7 a Apple já havia lançado um flash Quad-LED True Tone, capaz de iluminar fotos deixando-as com um aspecto mais natural, mas nos novos modelos de iPhone a diferença fica por conta da tecnologia Slow Sync.
Ela permite que, reduzindo a velocidade do obturador e emitindo a quantidade de luz na hora certa, seja possível capturar imagens de ótima qualidade até mesmo em ambientes com pouca iluminação.
O chip Apple A11 Bionic é o primeiro a trabalhar com um motor neural dedicado; apesar da Huawei ter anunciado algo similar no Kirin 970, a solução da Apple é bem mais avançada.
Graças a esse chip é possível desfrutar de várias das novas funções do iPhone X como, por exemplo, o Face ID, que 'aprende' o rosto dos donos do iPhone em vez de apenas criar padrões de reconhecimento baseados em uma imagem que, diga-se de passagem, podem ser facilmente burlados.
As bordas dos modelos prévios do iPhone sempre foram muito criticadas, especialmente quando já existem smartphones (não só borderless) com aproveitamento de tela superior.
No iPhone X, a Apple matou 'dois coelhos com uma só cajadada'; além de livrar-se das bordas excessivas, ela também eliminou o 'queixo' do iPhone, algo presente em muitos dos borderless disponíveis atualmente no mercado como, por exemplo, o Galaxy S8 e Essential Phone.
Comentários