Economia e mercado 06 Fev
A Huawei e os Estados Unidos têm se enfrentado muito nos últimos anos, coisa que parece ter se atenuado nos últimos meses, porém, com o prazo para suspensão temporária do banimento acabar, o governo americano precisou tomar uma decisão importante: dar mais prazo à chinesa ou banir seus negócios de vez do país.
Relembrando como tudo isso começou, os EUA dizem que a Huawei utiliza seus sistemas de gerenciamento de redes e inteligência artificial para sistemas de segurança em cidades conectadas para espionar e enviar dados ao governo chinês. O que gera mais suspeita do governo Trump é o fato de vários funcionários da empresa serem ex-militares do governo do país asiático.
Agora, os EUA tentam convencer a Alemanha a banir a empresa chinesa também pelo mesmo motivo. Por pura coincidência ou não, agora a Alemanha também está fazendo as mesmas acusações contra a Huawei.
Entretanto, é importante lembrar que os Estados Unidos e a Alemanha não são inocentes. Recentemente uma investigação mostrou que os dois países venderam sistemas com programas espiões embutidos, enquanto que tudo o que o governo Americano tem contra a Huawei são suspeitas. Ele já foi confrontado a apresentar provas, mas não mostrou nenhuma.
O fato é que agora o governo americano prorrogou mais uma vez o cancelamento do banimento. A decisão vem principalmente pelos problemas que as restrições impunham às próprias empresas do país, que não poderiam fazer negócios com a chinesa depois que a suspensão caísse. Isso prejudicaria principalmente a rede de transmissão de dados dos EUA, ainda mais a cobertura nas zonas rurais.
O prazo adicional é de mais 45 dias com empresas americanas e a Huawei fazendo negócios. Entretanto, novas propostas para a proibição da venda de produtos americanos para a empresa asiática estão sendo discutidas. Sobre isso, um vazamento recente mostrou que a Huawei poderia não utilizar mais os serviços do Google em seus aparelhos.
Ao que parece, a Huawei não está tão inclinada em continuar com os serviços do Google, afinal, seu último top de linha, o Huawei Mate 30, não vem com eles instalados e ainda a empresa comunicou o seguinte após o vazamento:
Um ecossistema aberto baseado em Android continua sendo a primeira opção da Huawei. Caso a empresa não possa mais utilizá-lo, tem as ferramentas necessárias para desenvolver o seu próprio ecossistema.
De qualquer forma, o banimento vai continuar suspenso por mais um tempo até que o governo americano decida o que fazer de fato.
Como você acha que essa "novela" vai terminar?
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