Tech 25 Abr
É de conhecimento geral que existe um debate em torno da origem do novo coronavírus. Atualmente, muitos acreditam que o vírus tenha vazado de um laboratório chinês da cidade de Wuhan, China. Para tanto, foi aberta uma investigação pela Agência Central de Inteligência (CIA) dos Estados Unidos para apurar essas especulações.
Um novo relatório provindo do Departamento de Estado dos EUA apontou que três pesquisadores do Instituto de Virologia de Wuhan (WIV) ficaram doentes em novembro de 2019, procurando tratamento hospitalar após apresentarem sintomas consistentes com a Covid-19 e outras doenças sazonais.
O primeiro caso da doença foi registrado oficialmente em 8 de dezembro de 2019, apenas um mês após os sintomas de resfriado acometerem os cientistas em Wuhan. Não existe confirmação a respeito do diagnóstico dos três especialistas, contudo, funcionários e ex-funcionários da inteligência dos EUA possuem diferentes opiniões a respeito.
Uma das fontes acredita que as evidências são potencialmente significativas, mas ainda devem ser feitas novas investigações e corroborações adicionais para fazer uma afirmação fundada. Por outro lado, outra pessoa descreve que as evidências são extremamente precisas e podem sugerir a real origem do SARS-CoV-2.
O laboratório de Wuhan não compartilhou dados ou registros de segurança sobre os trabalhos e experiências com o coronavírus em morcegos, tal que muitos acreditam ser a fonte mais provável do causador da Covid-19, mas as numerosas variantes que surgiram na região denotam que o vírus circula há mais tempo que o divulgado.
Representantes do Ministério de Relações Exteriores da China negam que o vírus tenha escapado do laboratório. Líderes do país ainda proferem que todos os funcionários do WIV foram testados para a doença, mas nenhum apresentou anticorpos para o SARS-CoV-2, ou seja, nunca foram infectados pelo patógeno.
Os EUA continuam a divulgar a teoria do vazamento de laboratório. Está realmente preocupado em rastrear a fonte ou tentar desviar a atenção?
Ministério de Relações Exteriores da China
Em fevereiro deste ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) deu início a uma investigação para concluir se, de fato, o vírus tinha origem chinesa. Com um relatório parcial publicado em março, a organização atestou que as evidências apontam contra a origem em laboratório. No entanto, os especialistas não averiguaram os dados essenciais para tal conclusão.
Desta forma, diversos países protestaram para que fosse feita uma análise mais transparente. Em vista disso, Tedros Adhanom Ghebreyesus, chefe da OMS, pediu uma investigação mais completa e detalhada, tal que concluiu a existência de 92 potenciais casos de Covid-19 entre cerca de 76 mil pessoas que adoeceram entre outubro e o início de dezembro de 2019.
Por ora, há uma análise em torno de um banco de sangue em Wuhan para testar amostras datadas antes do surto da doença. Após relutância da China para fornecer esses dados, os representantes concordaram, mas não deram acesso às informações até o momento.
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