Economia e mercado 10 Jul
O coronavírus tem causado muitas medidas restritivas por parte de diversos países, a mais recente envolve impedir a entrada de brasileiros e qualquer turista que tenha passado pelo Brasil ou outros 12 países na Itália, país que já foi um dos epicentros de contaminação pela nova ameaça global que tem criado uma crise de proporções mundiais.
A medida não proíbe apenas a entrada mas também o trânsito pelo país de qualquer pessoa que tenha estado em um dos países listados abaixo:
- Armênia
- Bahrein
- Bangladesh
- Brasil
- Bósnia-Herzegovina
- Chile
- Kuwait
- Macedônia do Norte
- Moldávia
- Omã
- Panamá
- Peru
- República Dominicana
O responsável pela proibição é Roberto Speranza, ministro da Saúde da Itália, que declarou:
"Não podemos deixar que os sacrifícios feitos pelos italianos nos últimos meses sejam em vão."
Segundo o ministério da Saúde italiano, todos aqueles que estiveram em qualquer um desses países nas duas semanas anteriores estão proibidos de adentrar no país pois estes territórios ainda não tem controle da transmissão do coronavírus, o que pode acarretar possíveis novos focos de contágio pela COVID-19.
É importante lembrar que o Brasil já contabilizou mais de 1,7 milhão de contaminados pelo coronavírus, além de quase 70 mil mortes.
Além disso, vale citar que a decisão foi motivada pelos 39 novos casos diagnosticados com ligados a viagens internacionais vindas de Daca, em Bangladesh. A proibição já resultou no barramento de 125 bengaleses no Aeroporto de Fiumicino, que estavam a bordo de um avião vindo da capital do Qatar, Doha.
Como medida para evitar a circulação entre as nações que, segundo o governo italiano, estão com o coronavírus fora de controle, a Itália ainda suspendeu todos os voos de ida ou vinda entre todos os 13 países citados na lista, sejam eles diretos ou com escalas em demais territórios, nem mesmo as viagens essenciais são permitidas no momento.
Entretanto a proibição não vale para todos, cidadãos italianos podem adentrar o país, mas desde que permaneçam em quarentena por pelo menos 14 dias para garantir segurança.
Além desses, habitantes dos países da zona de livre trânsito da União Europeia, chamada de Espaço Schengen também estão liberados de acessar o território italiano, bem como mais 15 incluídos nas exceções anunciadas pelo bloco em 1º de julho, que são as seguintes nações:
- Argélia
- Austrália
- Canadá
- China
- Coreia do Sul
- Geórgia
- Japão
- Marrocos
- Montenegro
- Nova Zelândia
- Ruanda
- Sérvia
- Tailândia
- Tunísia
- Uruguai.
Vale dizer que o Conselho da UE ainda informou que esta última lista será revisada a cada duas semanas de acordo com critérios de reciprocidade e segurança. Ainda de acordo com as autoridades locais, o fato para determinar se alguém pode entrar ou não no país será o local de residência e não a nacionalidade.
Por outro lado, é interessante citar que o Brasil já anunciou um bloqueio de fronteiras no início de julho, onde apenas estrangeiros com permissões especiais podem entrar no país.
Por fim é importante salientar que os países que compõem o bloco europeu não são obrigados a seguir essas regras, entretanto, caso se recusem podem sofrer as mesmas restrições no futuro e serem barrados de adentrar o território italiano e outros países do continente. Sendo assim, é muito provável que todos adotem as mesmas medidas.
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