Segurança 30 Jun
Atualização (30/06/2021) - LR
Um estudo realizado em cerca de 180 profissionais de saúde pela Universidade de Turku em parceria com a Universidade de Helsinque indicou que a vacina da Pfizer é eficaz contra as variantes do Sars-CoV-2, apresentando uma resposta imunológica satisfatória nas pessoas que receberam esse imunizante.
A pesquisa aponta que a vacina provocou uma melhor resposta do sistema imune contra a variante Alpha – anteriormente chamada de B.1.1.7, surgindo no Reino Unido – que produziu mais anticorpos neutralizantes. A vacina também foi capaz de produzir uma cobertura suficiente contra a variante Beta (antiga B.1.351, identificada na África do Sul) e, ainda segundo a pesquisa, a aplicação da segunda dose pode desencadear uma resposta ainda melhor no organismo humano.
O estudo não determinou qual a taxa de eficiência do imunizante da Pfizer/BioNTech contra as variantes Gamma (antiga P1, identificada no Brasil) e Delta (antiga B.1.617.2, identificada na Índia).
Uma outra pesquisa indicou que a vacina Sputnik V tem aproximadamente 90% de eficácia contra a variante Delta (B.1.617.2) da Covid-19. O estudo foi dirigido por pesquisadores do Instituto russo de Pesquisa Gamaleya, que afirmaram que o imunizante em questão possui uma taxa bastante semelhante com a cepa de origem da doença.
Atualização (04/05/2021) por FM
Vacina da Pfizer será aplicada com intervalo de três meses entre 1ª e 2ª dose
Seguindo o mesmo protocolo do Reino Unido, o Ministério da Saúde divulgou, em informe técnico, a adoção um intervalo de três meses entre as aplicações da primeira e segunda dose do imunizante fabricado pela Pfizer/BioNTech.
Originalmente, a bula do composto determina o intervalo de 21 dias entre as inoculações, contudo, a pasta segue estudos elaborados por países que também aplicam tal vacina. De acordo com os dados coletados, uma dose única da Pfizer tem eficácia de 80%, podendo reduzir a transmissão doméstica de forma significativa.
De qualquer modo, a pasta informa que estará aberta para revisar a recomendação, caso necessário, e estará monitorando o processo de imunização dos brasileiros a todo momento. "Em cenários de maior disponibilidade do imunobiológico, o intervalo recomendado em bula poderá ser utilizado", informa.
Devido à necessidade de ampliar a vacinação em todo o país, considerando o cenário de transmissão do vírus da Covid-19, o Ministério da Saúde, em consonância com as discussões realizadas no âmbito da Câmara Técnica Assessora em Imunização e Doenças Transmissíveis, optou por adotar o intervalo de 12 semanas para a vacina da Pfizer.
Ministério da Saúde
Essa decisão vem sido planejada há algum tempo, conforme aponta Francieli Fontana, coordenadora geral do Programa Nacional de Imunizações. Com um intervalo ampliado, a atual remessa da vacina deverá ser suficiente para que não haja escassez de estoque até que a próxima remessa seja distribuída e outros lotes sejam adquiridos.
A Pfizer informa que a adoção de um intervalo estendido fica a critério das autoridades de saúde, podendo incluir recomendações baseadas no contexto geral da saúde pública do território. Todavia, a farmacêutica ressalta que ambas as doses são necessárias para que a eficácia de 95% apontada pelos testes clínicos seja fornecida.
Enquanto as decisões sobre os regimes de dosagem alternativos cabem às autoridades de saúde com foco em saúde pública, a Pfizer acredita que é importante que se mantenham esforços de vigilância para garantir que cada pessoa receba o máximo de proteção possível, seguindo o preconizado pelas agências regulatórias.
Pfizer
As primeiras doses da vacina deverão priorizar grupos com comorbidades, mulheres grávidas, puérperas e pessoas com deficiências permanentes. Conforme divulgado, a distribuição atual é destinada apenas às capitais brasileiras, em vista das questões de logística envolvidas.
Atualização (03/05/2021) por FM
O Ministério da Saúde começou a distribuir a primeira remessa de doses da vacina fabricada pela Pfizer em parceria com a BioNTech na manhã desta segunda-feira (03), consistindo em um lote total de 1 milhão de doses que chegarão às capitais brasileiras para os grupos prioritários.
As doses chegaram ao Brasil na última quinta-feira (29) e permaneceram armazenadas sob as condições impostas pelas fabricantes — resfriadas a temperaturas negativas de -25 °C a -15 °C e, por essas exigências de logística, deverão ser distribuídas apenas para as capitais brasileiras inicialmente.
As expectativas do Ministério da Saúde previam que os imunizantes passassem a ser distribuídas durante o último fim de semana, porém, a pasta definiu um adiamento para garantir que as condições de logística fossem devidamente atendidas, a fim de manter a qualidade do composto.
Com intervalo de inoculação de 21 dias, as vacinas da Pfizer distribuídas hoje deverão ser aplicadas ainda esta semana nos grupos prioritários, incluindo mulheres grávidas, puérperas e idosos. A outra metade do lote deverá ser distribuída na próxima semana.
O registro definitivo da Anvisa realizado em fevereiro foi dado após a comprovação de sua eficácia e segurança, permitindo que a fórmula seja comercializada e distribuída livremente pelas autoridades responsáveis, conferindo celeridade para o lento processo da vacinação brasileira.
Texto original (24/04/2021)
A vacina desenvolvida por Pfizer e BioNTech contra o novo coronavírus vai desembarcar pela primeira vez no Brasil na próxima semana. O primeiro lote do imunizante está previsto para chegar ao país na quinta-feira, dia 29 de abril, às 19h, no aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP).
A entrega inicial contará com 1 milhão de doses e teve produção feita na Bélgica. Ao todo, o Ministério da Saúde encomendou 100 milhões, os quais serão divididos ao longo deste ano.
Prioridade para capitais
Devido à necessidade de armazenar as vacinas a temperaturas mais baixas, a pasta deu uma orientação para utilizar esses produtos da Pfizer na imunização somente dentro das 27 capitais.
“Devido ao curto espaço de tempo, o Ministério da Saúde está orientando, para essa primeira remessa, que a vacinação com as doses da Pfizer fique restrita às 27 capitais do país.”
Ministério da Saúde
O imunizante precisa ficar armazenado a -20 °C, conforme a nova autorização da Anvisa, por até 14 dias. Posteriormente, quando colocados em refrigeradores comuns — entre 2 °C e 8 °C —, poderá permanecer até cinco dias, apenas.
A princípio, serão enviadas 500 mil doses para a primeira aplicação. Uma semana depois, o Ministério mandará as 500 mil restantes, destinadas à segunda dose — necessária para a proteção completa. O intervalo entre ambas deve ser de 21 dias.
A pasta ainda negocia a compra de 183 freezers de temperatura ultrabaixa, para guardar as vacinas a -75 °C. Isso permitiria armazenar o imunizante da Pfizer por até seis meses. Os 30 primeiros deverão ser entregues em meados de junho.
Quais são as suas expectativas para a chegada das doses da Pfizer ao Brasil? Não se esqueça de comentar conosco!
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